sábado, 14 de novembro de 2015

Historia de Francisca Carla

A descoberta da doença de Francisca Carla aconteceu em uma das festas que era realizada pelos patrões e também padrinhos de batismo, Joaquim Carlos de Vasconcelos e dona Maria Rodrigues. Na festa, um almoço dominical, estava entre os convidados um profissional da saúde, apontado como um médico, que acabou por revelar para os patrões que a jovem estaria com “morféia”. Relatos da época diz que naquele momento os convidados começaram a rejeitar a comida posta à mesa, e desde então o clima no casarão não era mais de alegria, mas de preconceito.

Portadora da hanseníase ela foi segregada do meio social numa época em que o estigma criado sobre a lepra causava repulsa aos enfermos. O único modo de tentar controlar a doença era confinando os leprosos. Mas como em Tianguá na década de 50 não existia leprosários, Francisca Carla foi isolada, no meio da mata, onde passou o resto de sua vida.

Seu exílio perdurou não se sabe ao certo, entre cinco a oito anos, sobrevivendo de doações que eram deixadas por pessoas, que muita das vezes transitam pelo caminho uma única vez por semana. A estrada ligava a comunidade ao Centro da cidade de Tianguá.

No livro de registro de óbitos do Município de Tianguá, a reportagem encontrou o atestado de morte da doméstica. Sob o número 2.928, de 23 de abril de 1953, foi registrada oficialmente a morte da jovem Francisca Quirino, nome verdadeiro de Francisca Carla. O documento revela ainda que o atestado de óbito foi testemunhado pelo senhor Joaquim Carlos de Vasconcelos, patrão e dono da fazenda onde a jovem foi encontrada morta. Escrito a bico de pena, está descrito como era a falecida: pele morena, 1,70m, cabelos longos, castanhos escuros e olhos castanhos médios. No dia em que foi encontrada morta, Francisca Carla usava vestido de mangas, abaixo do joelho, com chinelo de tiras entre os dedos.
O agricultor Manoel Carneiro Veras, 71 anos, viu na sua mocidade o sofrimento da jovem Francisca Carla. Ele relata que num dia de domingo, como era costume na cidade, o conterrâneo Joaquim Carlos recebia muitos convidados e como retribuição, mandava preparar um grande banquete. “Todos comiam e bebiam à vontade. Muitos paravam aqui voltando da feira semanal de Tianguá. Quando foi um certo dia sobrou muita comida. Achei estranho. Depois disso, como eu era muito amigo da família, seu Joaquim Carlos me falou que Francisca Carla estava doente e que não podia receber visita”, relembra Manoel Veras.
Foto Meramente Ilustrativa.

Ele conta que Joaquim Carlos, com ajuda de moradores, construiu uma casinha de taipa para Francisca Carla morar. Depois, eles ergueram uma segunda casa e queimaram a primeira. Fizeram uma terceira casa, esta no caminho para Tianguá. “Foi a partir daí que eu voltei a vê-la. Todos os domingos de madrugada, a gente saia para Tianguá e na ida deixava uma cabaça com água e na volta deixava comida”, conta o agricultor Manoel.

Manoel Veras disse que eram poucas as pessoas que chegavam perto da casa. “Um leão é um bicho feroz, mas a gente tem coragem de olhar para ele. Francisca Carla, o povo tinha medo”. Até que um certo dia, quando ia para cidade, notou que a comida que havia sido colocada lá, lá estava. “Foi aí que seu Joaquim Carlos entrou na casa e encontrou ela morta, o corpo estava caído em cima de um feixe de lenha”, disse, acrescentando que o sepultamento dela foi preparado pela sua mãe, Antônia Xavier. Depois de enterrada, a casa onde foi a última morada foi derrubada e não queimada como as outras.

Robson Fonteneles de Paulo, aluno da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), descreve em sua monografia — “Francisca Carla, o imaginário popular sobre sua santificação” — o que tanto o impressionou: “é que ela (Francisca Carla), antes de ser confinada, esteve numa situação sem ter para onde ir nem aonde ficar. Como se fosse um ser sobrenatural. Podendo tornar-se invisível, diante das exigências preocupantes que desses momentos angustiantes já lhe acompanhava”, descreve Robson.

Sepultamento

Se consideramos que Joaquim Carlos só visitava o local no domingo, provavelmente Francisca Carla tenha falecido mesmo no dia 23 de abril, pois esse dia caiu naquele ano de 1953, numa quinta-feira. “Nesse período de três dias, algumas pessoas passantes e aqueles que sempre deixavam alimentação no pé da faveira notaram que a comida continuava no lugar sem ser tocada. A porta do casebre continuava fechada, demonstrando que algo mais estranho poderia ter ocorrido. Alguém quis ver de perto o que teria acontecido. Era o senhor Francisco Alexandre, a primeira pessoa a tomar conhecimento de que Francisca Carla estava morta”, descreve Luiz Gonzaga Bezerra, no seu livro.

Confirmada a veracidade do fato, logo em seguida as pessoas da comunidade do Sítio Lagoa do Padre, tendo à frente a Antônia Xavier, Francisco Xavier e outros presentes procuram providenciar o sepultamento da conterrânea. Antônia Xavier determinou que fosse preparado o cadáver já em putrefação. “Ela vai ser enterrada como ser humano, deixem que eu cuido, vou dar um banho e visto a mortalha dela pronta para o enterro”, disse ela.

Lenda de Tianguá

E AS HISTÓRIAS DE CHAGA DA ONÇA

Filho ilustres, com certeza Chaga da Onça está na mente de todos os tianguaenses. Conhecido por seu hábito de faltar com a verdade em suas histórias, ficou famoso como sendo o maior mentiroso da cidade de Tianguá. Mas um mentiroso apenas com sinônimo de contador de histórias, pois este fazia a mente das pessoas voar com seus contos extraordinários e únicos. Segundo relatos de terceiros, a sua primeira grande mentira e que definiu seu apelido, teria sido em relação a uma onça que ele tinha encontrado em uma de suas caças no meio da mata. Segundo reza a lenda, ele teria ficado de frente com a tal onça e que a mesma teria arrancado de suas mãos, com uma só patada, sua espingarda. Chaga da Onça então, num momento de valentia e heroísmo, enfiou seu braço direito por garganta da onça a dentro, pegou em seu rabo pelo lado interno e a puxou pelo avesso, matando assim a temida onça. Com certeza uma história dessas traria fama a qualquer cidadão naquela época. Por sua mente criativa, Chaga da Onça se tornou uma lenda em Tianguá!


fonte:http://vivatiangua.blogspot.com.br/p/cultura.html

Historia de Tianguá

O povoado havia recebido nomes pela ordem de: Mocozal, Chapadinha e finalmente Barrocão. Este último nome foi criado, em 1887, pela revolução provincial nº 1882 e quer dizer lugar de muitos aclives. Em 9 de setembro de 1890, a denominação muda para Vila de Tianguá.
As primeiras terras pertencentes ao município de Tianguá foram habitadas pelos índios Tabajaras. A colonização ocorreu no século XVII, com a chegada de um fazendeiro vindo da então Vila Viçosa.
Entre os anos de 1852 e 1883, a primeira capela foi construída. Uma imagem de Nossa Senhora Sant’Ana (com 69 cm de altura), que era sua protetora ,veio de Portugal. Com o passar dos tempos, a imagem foi substituída por outra de tamanho maior.
No ano de 1957 um jovem padre assumiu a paróquia, mandando demolir uma parede da igreja para reformá-la. Na ocasião, foi encontrada ali a santa que havia sido substituída pela maior.
Igreja Matriz de Tianguá.
Distrito de Paz da Vila Viçosa Real do Ceará, sob a jurisdição de Pernambuco, o município foi criado em 31 de julho de 1890, pelo Decreto Nº 33, sendo instalado em 12 de agosto de 1890 e recebendo a denominação de Tianguá. Foi pelo Decreto Nº 443, de 20 de dezembro de 1938, que foi elevado definitivamente à condição de cidade.
1971- Criada a Diocese de Tianguá. Toma posse no dia 20 de agosto, o seu 1° bispo, Dom Francisco Timóteo Nemésio Pereira Cordeiro.
1973- Jubileu de prata sacerdote do vigário Padre Otalício. Vinte sacerdotes presentes, com a presença do bispo Dom Timóteo concelebraram na Igreja de São Francisco; na ocasião Dom Timóteo conferio ao Padre Otalício, o titulo de monsenhor.


fonte;http://vivatiangua.blogspot.com.br/p/cultura.html

Casa dos Licores

A casa dos licores está localizada em na rua:Francisco Caldas da Silveira - Viçosa do Ceará, onde podemos encontrar uma mistura de historia de amor e cultura. A casa foi construída for Alfredo Carneiro de Miranda 2 anos antes de casar-se com Terezinha Mapurunga. A casa de licores surgiu após Sr, Alfredo ter uma doença e se encaminhado para Fortaleza para fazer tratamento, Dona Terezinha encontrava-se gravida de sua primeira filha, ao nascimento de sua menina ela tinha feito licores para oferecer aos visitantes - como tradição conhecida como o mijo do bebê- e apôs a outras gestante foi encomendando seus licores. Quando Sr. Alfredo voltou a Viçosa ajudou sua esposa criando licores cm sabores de ervas, ao passos dos tempos sua casa tinha se tornado um turismo. Hoje possuindo variados tipos de licores, doces e biscoitos.

Nessa segunda-feira ( 09/11) fizemos uma visita a casa dos licores, onde podemos ter o enorme prazer de conhecer dona Terezinhas com toda sua simpatia, aprendemos a linda e motivadora historia e ficamos impressionada como turista de diverso lugares são atraídos em poder sentir essa lida historia. Formos bem recepcionados, amamos a misturas de aprendermos e nos divertirmos no mesmo momento.









A seguir uma historia que conta a historia de dona Terezinha e Sr. Alfredo:
fonte:http://vicosadoceara.zip.net/arch2009-02-01_2009-02-07.html

Mesmo com algumas dificuldades, seu Alfredo Carneiro não deixa de tocar o pife ao lado da amada esposa, Teresinha Mapurunga.
Se ele esquece algum acorde, ela cantarola para que o príncipe sopre a melodia perfeita A Casa dos Licores, mantida há mais de 50 anos por Alfredo Carneiro e Teresinha Mapurunga, é destaque em Viçosa
içosa do Ceará. “Lá no alto da serra/ Um anjo tirava do pife/ Belos trinados sonoros/ Que a passarada calava/ Até que uma princesa/ Veio com o anjo casar/ Foi tanto amor de verdade/ Que a serra virou/ Um templo de paz”. Os versos da valsa “A Lenda do Anjo do Pife” contam a história de amor entre um príncipe, Alfredo Carneiro de Miranda, hoje com 93 anos, e uma princesa, Teresinha Mapurunga, 75. O principado é o município de Viçosa do Ceará, na Região da Ibiapaba, a 348km de Fortaleza. O castelo onde eles fundaram toda essa história de amor é a Casa dos Licores, onde, há mais de 50 anos, são recebidos patrícios e plebeus de outras paragens para degustações de licores, doces, biscoitos e geleias. Mas do que isso, para minutos de prosa que fazem qualquer visitante querer se acostar para sempre por ali.

Não é a riqueza nem a pertença a qualquer família real, mas o amor que sentem um pelo outros e pelos sete filhos que justificam os títulos de "príncipe" e "princesa" concedidos a seu Alfredo e dona Terezinha, retribuição de uma das filhas, a música Inês Mapurunga, quando das bodas de ouro do casal, doze anos atrás. Por isso, a primogênita desta união, a professora Tereza Cristina,continua, junto com a mãe, a tradição de receber os visitantes na Casa dos Licores, visto que, da prole, é a única que mora em Viçosa. 
  Mas, como nem sempre a filha pode estar presente, dona Terezinha recebe a todos com o maior carinho, como se fossem netos. Foi o que aconteceu quando a equipe de reportagem chegou ao local, numa tarde chuvosa do janeiro serrano. Mesmo sofrendo de um Mal de Parkisson, que lhe dificulta o anda ha 14 anos. a dona da asa explicou a origem dos doces e licores, contou a historias, mostrou álbuns, fotos e a bodegas nos fundos da casa, onde a história começou pela a mãos de seu Alfredo, dois anos ates deles se casarem.
 Qualquer visitante pode gozar da mesma receptividade, no horário de visitação da 8 ás 17 horas, mas, com equipes menores, é mais fácil mantes a tradição. Dona Terezinha lembra da vez que chegou um ônibus com 55 turistas, ás 7 horas. Apesar de manter a tradição de acordar ás 5 horas pra fazer os doces e dormir por voltas das 23 horas, decorando embalagens. a senhora Mapurunga passou a tarefa para a filha. "É porque perde a característica de contar a historia', explica Tereza Cristina. 'Aqui não é um simples ponto comercial', completa.

Os grupos de curiosos seguem chegando e são sempre bem-vindos. Lá, eles podem degustar e comprar cerca de 58 tipos de licores, nive tipos de cachaças- incluindo a de 1955, feito pelo próprio Alfredo Miranda-, 20 variedades de geleias, 28 tipos de doces, que podem vir cremosos, em massas ou em compotas, além de petas, sequilhos, bolinhos de gomas, rosca e bulins. Os preços podem varias de 1real a 50reais, de acordo com o produto e o tamanho."Não dá para juntar dinheiro, mas dá pra viver" diz a professora. 

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Para os visitantes comida exoticas e para os moradores tradiçao.

Na região serrana do Ceará, as formigas gigantes conhecidas como tanajura viram um dos pratos mais disputados entre os agricultores.
Um grupo de crianças representa em uma peça teatral as formigas conhecidas como tanajura. Elas aparecem no período chuvoso e simbolizam produtividade na agricultora. É na época de chuva que elas saem dos formigueiros para acasalar, e os caçadores aproveitam para pegá-las. Somente a fêmea serve para a culinária.
Do campo a tanajura é vendida na feira de Tianguá, onde se vendem também iguarias, frutas e verduras. O pacote da tanajura é vendido a R$ 25, e ainda assim é disputado. O preço, segundo os vendedores, é justificado pela dificuldade de capturá-las. E não falta gente para comprá-las.
"A tanajura é um produto que só tem uma vez por ano e é uma coisa muito difícil", diz o feirante Olavo da Silva. A professora Meire Mota vai levar para casa dois pacotes para não perde o hábito de comer tanajuras, que cultiva desde a infância: "A gente torra, deixa escaldada com sal. Chega em casa é torrar e comer", diz.
O vendedor comercializa a tanajura morta, Ela passa por um processo de salmoura em água quente para ficar conservada. Para prepará-la é preciso uma porção de tanajura, manteiga e sal. "É preciso fazer uma limpeza, para isso a gente mata afogadas em água fervendo", explica o professor Amauri Pinto, que prepara o prato desde pequeno.
Em seguida retire as asas e as presas da formiga e depois frite as formigas. Derreta a manteiga em fogo médio e acrescente o sal. Em dois ou três minutos ela fica no ponto. O professor recomenda comer a tanajura sem talheres, como é feito tradicionalmente na região serrana do Ceará.
Na região serrana do Ceará, as formigas gigantes conhecidas como tanajura viram um dos pratos mais disputados entre os agricultores.
Um grupo de crianças representa em uma peça teatral as formigas conhecidas como tanajura. Elas aparecem no período chuvoso e simbolizam produtividade na agricultora. É na época de chuva que elas saem dos formigueiros para acasalar, e os caçadores aproveitam para pegá-las. Somente a fêmea serve para a culinária.
Do campo a tanajura é vendida na feira de Tianguá, onde se vendem também iguarias, frutas e verduras. O pacote da tanajura é vendido a R$ 25, e ainda assim é disputado. O preço, segundo os vendedores, é justificado pela dificuldade de capturá-las. E não falta gente para comprá-las.
"A tanajura é um produto que só tem uma vez por ano e é uma coisa muito difícil", diz o feirante Olavo da Silva. A professora Meire Mota vai levar para casa dois pacotes para não perde o hábito de comer tanajuras, que cultiva desde a infância: "A gente torra, deixa escaldada com sal. Chega em casa é torrar e comer", diz.
O vendedor comercializa a tanajura morta, Ela passa por um processo de salmoura em água quente para ficar conservada. Para prepará-la é preciso uma porção de tanajura, manteiga e sal. "É preciso fazer uma limpeza, para isso a gente mata afogadas em água fervendo", explica o professor Amauri Pinto, que prepara o prato desde pequeno.
Em seguida retire as asas e as presas da formiga e depois frite as formigas. Derreta a manteiga em fogo médio e acrescente o sal. Em dois ou três minutos ela fica no ponto. O professor recomenda comer a tanajura sem talheres, como é feito tradicionalmente na região serrana do Ceará.
fonte:http://tianguareporter.blogspot.com.br/2012/03/formiga-tanajura-e-tradicao-em-tiangua.html

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

TURISMO DE TIANGUÁ



O sitio do Bosco está localizado no sitio Acarápe com seu atual proprietário João Bosco Muniz Feitosa desde 2003, onde ele investiu todos os seus bens para transformar um ambiente desolado em um ambiente de turismo familiar. Suas atrações, além da sua bela natureza são: A piscina de água mineral, rampa de vôo livre, rapel, tirolesa, trilhas, área reflorestada, chalés, parquinho infantil, mirantes com 750m de altitude, vista panorâmica, clima noturno variando entre 15° e 20°, barzinho, restaurante, luau (na época de lua cheia) e trilhas que levam a caverna do morcego.
Pra passar o final de semana o sitio do Bosco oferece 500 vagas para campistas. O valor da diária é de R$ 50,00 com a sua barraca e R$ 60,00 com a barraca deles. Também existe a opção de chalés, com diárias que custam aproximadamente R$ 200,00 e o valor é pago na chegada e inclui a diária para o casal e café da manhã. A hospedagem inclui café da manhã, com opções de suco, café, leite, pães, bolo, tapioca, frutas, frios e ovos. Tudo fresquinho e muito gostoso. É servido no restaurante, área comum do Camping próximo à entrada.
Possui também um balanço com uma estrutura de aproximadamente 4,5m de altura, onde o turista ao se balançar pode ter o privilégio de uma vista exuberante. No mirante, além do balanço, possui uma visão privilegiada onde pode vê vários municípios e açudes. 
Pontos de rapel e a Rampa de Voo livre para aquele que gosta de um bom esporte radical, dando acesso as trilhas que levam a caverna do morcego onde abrigava no passado índios Tabajaras da família Tupi que habitavam essa região.